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Entregadores e entregadoras cadastrados na plataforma do iFood podem escolher dois modelos para atuar no delivery: nuvem e OL (sigla para Operador Logístico). As OL foram tema de um longo debate entre Diego Barreto, vice-presidente de estratégia e finanças do iFood, e o entregador Ralf MT.
No início de um bate-papo com Ralf MT, o entregador e youtuber pergunta a Diego se ele acha que as OL são “um retrocesso”. O executivo responde que não. “A OL é uma geradora de empregos. Se o iFood não tem muitos pedidos durante a tarde, por exemplo, a OL pode suprir isso [distribuir pedidos a entregadores] com outra empresa.”
Na sequência, o influenciador pergunta se o iFood fiscaliza as OLs. “O iFood não tem a obrigação legal de fazer isso, mas fiscaliza sim. E cria ferramentas para tentar diminuir os problemas”, responde Diego.
Veja a entrevista:
Ele explica que o iFood tem um canal para receber denúncias de entregadores a respeito do trabalho nas OL e que fiscaliza essas empresas ao receber essas queixas. Mas pondera que a obrigação de fiscalizá-las é do governo.
“Não podemos nos isentar, de forma alguma, de fiscalizar o que denunciam. Temos que trabalhar com o governo para melhorar a fiscalização e pensar em mais alternativas, como a OL franquia”, conta Diego.
Ele se refere à EntreGÔ, criada em 2022, para aprimorar a gestão logística e padronizar as melhores práticas com os operadores logísticos para aumentar a eficiência e o potencial de ganhar escala desses negócios. “A franquia nada mais é do que replicar um padrão de operação”, completa. “É um teste que estamos fazendo.”
Ralf MT, então, pergunta se a franquia é uma maneira de o iFood evitar ações trabalhistas. “O iFood hoje já está protegido porque segue a lei”, responde Diego. Quando Ralf questiona se o iFood não deveria obrigar as OL a contratar todos os entregadores no modelo CLT, ele responde: “O contrato que o iFood tem com a OL diz que ela tem que seguir a lei. O estado tem que fiscalizar se tem ou não CLT.”